No dia 3 de agosto de 2025, Manifestações em 62 cidades, marcadas por uma intensa polarização política. De um lado, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saíram às ruas em defesa da anistia para ele e outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, além de pedirem o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Do outro, movimentos de esquerda se mobilizaram contra a proposta, exigindo justiça e a manutenção das punições aos responsáveis por ações vistas como antidemocráticas.
Os atos pró-anistia, promovidos por figuras como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o pastor Silas Malafaia, ocorreram em pontos estratégicos, como a Avenida Paulista, em São Paulo, a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Em Brasília, manifestantes se reuniram em frente ao Banco Central. O foco era claro: pressionar pela aprovação do Projeto de Lei 2858/22, que propõe perdão a crimes políticos e eleitorais ligados às manifestações pós-eleições de 2022, incluindo a invasão das sedes dos Três Poderes. O projeto, de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), já conta com apoio significativo na Câmara, mas enfrenta resistência do presidente Hugo Motta, que busca evitar tensões.
Enquanto isso, grupos como as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular organizaram contramanifestações em cidades como São Paulo e Brasília, defendendo a responsabilização dos envolvidos no 8 de janeiro. Pesquisas recentes, como as do Quaest e Datafolha, indicam que a maioria da população (56-62%) rejeita a anistia, temendo que ela incentive novos atos contra a democracia. O STF, alvo de críticas dos bolsonaristas, segue julgando réus do 8 de janeiro, embora tenha liberado 12 deles recentemente.
O debate expõe uma nação dividida. Para os apoiadores de Bolsonaro, a anistia é uma forma de proteger aliados e preservar direitos políticos. Para os opositores, é uma ameaça ao Estado de Direito. Enquanto o Congresso avalia o projeto, a sociedade segue em um embate que reflete não apenas o passado recente, mas também o futuro da democracia brasileira.
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