Durante uma reunião televisionada com autoridades da indústria de defesa russa, o presidente Vladimir Putin anunciou um novo programa de armamentos com validade até 2036, colocando a tríade nuclear no centro da estratégia militar do país. Segundo ele, essa tríade — composta por mísseis balísticos intercontinentais, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos — é a “garantia da soberania da Rússia”.
Putin afirmou que 95% do arsenal nuclear estratégico russo já é composto por armamentos modernos, um índice que, segundo ele, supera o de qualquer outra potência nuclear. O programa prevê a ampliação das forças terrestres, a construção de novas bases militares e a aceleração da entrega de armamentos às Forças de Defesa Aérea.
A fala ocorre em meio a crescentes tensões com a OTAN e ameaças de escalada nuclear por parte de autoridades russas. O assessor presidencial Vladimir Medinski chegou a declarar que uma tentativa da Ucrânia ou da OTAN de retomar territórios ocupados poderia “levar à guerra nuclear”.
Além disso, Putin criticou diretamente os países da OTAN por aumentarem seus orçamentos militares, acusando-os de fomentar uma nova corrida armamentista. Ele também reiterou o apoio da Rússia ao Irã, classificando os recentes ataques dos EUA e de Israel como “agressões injustificáveis”.
O anúncio reforça a postura assertiva do Kremlin diante do Ocidente e sinaliza que Moscou pretende manter — e expandir — sua capacidade de dissuasão nuclear como pilar central de sua política de segurança.
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