Sergio Moro e Ministro da Previdência em Debate Acirrado

Roberto Farias
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Em uma audiência tensa na Comissão de Transparência do Senado, realizada nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025, o senador Sergio Moro e o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, trocaram acusações contundentes sobre fraudes bilionárias no INSS. O foco do embate foi a cobrança indevida de cerca de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024, por sindicatos e associações, conforme apontam investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Moro abriu o confronto questionando a conduta de Queiroz, que, na época das fraudes, ocupava o cargo de secretário-executivo do Ministério da Previdência. O senador sugeriu que o ministro já sabia das irregularidades desde 2023, mas não agiu para contê-las. Em resposta, Queiroz devolveu a crítica, acusando Moro de negligência quando era ministro da Justiça, em 2020, no governo Bolsonaro. Segundo o ministro, uma denúncia sobre as fraudes foi encaminhada à Polícia Federal na época, mas não teve seguimento. Moro rebateu, esclarecendo que já havia deixado o governo antes da formalização da denúncia e que, caso tivesse sido informado, teria tomado providências imediatas.
O clima esquentou, e a troca de acusações revelou não apenas divergências técnicas, mas também um embate político. Enquanto Queiroz tentou vincular Moro a supostas falhas do governo anterior, o senador reforçou a cobrança por ações efetivas da gestão atual. A discussão, que ganhou destaque em redes sociais e na imprensa, expôs a complexidade do caso e a dificuldade de atribuir responsabilidades em um esquema que prejudicou milhões de brasileiros.
O que fica evidente é que, além do embate pessoal, a audiência trouxe à tona a urgência de soluções para proteger os beneficiários do INSS. Resta saber como governo e oposição lidarão com o problema daqui para frente.
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