O caso conhecido como "Farra do INSS", um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), trouxe à tona o nome do empresário Paulo Octávio, figura conhecida no setor imobiliário do Distrito Federal. De acordo com relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), duas empresas ligadas a ele movimentaram aproximadamente R$ 1 bilhão em transações consideradas suspeitas entre 2019 e 2021. Essas operações estão documentadas em um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) anexado a um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga o esquema.
Entre as empresas citadas, a Paulo Octávio Imobiliária e Administradora é destaque, tendo movimentado R$ 130,1 milhões em 2021, com R$ 65,8 milhões recebidos e R$ 64,3 milhões enviados entre 4 de janeiro e 30 de dezembro daquele ano. As transações levantaram suspeitas devido a possíveis conexões com outros investigados na fraude, incluindo Milton Salvador de Almeida Júnior, sócio de longa data de Paulo Octávio e associado ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS". Apesar das evidências de movimentações atípicas, o relatório do Coaf não especifica os responsáveis pelo envio ou recebimento dos valores, limitando-se a listar as operações suspeitas. A investigação, parte da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, segue em andamento para esclarecer o papel das empresas de Paulo Octávio no esquema que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
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