Após o confronto, posts no X indicaram que o Camboja está mobilizando equipamentos pesados e reforços militares para a região fronteiriça, sugerindo uma resposta à morte do soldado e uma possível escalada. O ministro da Defesa tailandês, Phumtham Wechayachai, declarou que a Tailândia não teve escolha a não ser reagir após duas supostas incursões cambojanas na área. A região de Chong Bok, como outras partes da fronteira de 817 km entre os dois países, permanece sem demarcação clara, o que tem alimentado disputas históricas, como a do templo de Preah Vihear, que gerou conflitos armados entre 2008 e 2011.
O histórico de tensões na região é marcado por disputas territoriais, exacerbadas por nacionalismos de ambos os lados. A questão do templo de Preah Vihear, decidido como território cambojano pela Corte Internacional de Justiça em 1962, continua sendo um ponto sensível, com confrontos esporádicos nas últimas décadas. Recentemente, em março de 2025, o Camboja expressou disposição de usar força para defender sua soberania em disputas semelhantes, como no caso do templo Ta Moan Thom. Apesar de esforços diplomáticos, como o Memorando de Entendimento de 2000 para resolver conflitos de forma pacífica, a falta de demarcação completa da fronteira mantém o potencial para novos incidentes.
Embora o confronto atual seja localizado, a mobilização cambojana levanta preocupações sobre uma escalada maior, especialmente em um contexto de instabilidade política interna em ambos os países e questões regionais, como o combate a centros de golpes cibernéticos na fronteira. A Tailândia tem considerado construir um muro em partes da fronteira, como em Sa Kaeo-Poipet, para conter atividades ilegais, mas a proposta ainda está em estudo e não foi diretamente ligada ao incidente de Chong Bok. Por ora, não há indícios de um conflito generalizado, mas a situação exige monitoramento contínuo.
Não deixe de comentar !!!!!!