O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou em entrevista à BBC que o país negociará com o presidente dos EUA, Donald Trump, "em nossos termos", reforçando a soberania canadense em meio a uma guerra comercial. Carney, que assumiu o cargo em março de 2025 após a renúncia de Justin Trudeau, destacou a necessidade de respeito mútuo nas negociações, rejeitando as provocações de Trump, que sugeriu tornar o Canadá o "51º estado" americano.
A tensão comercial entre os dois países escalou com tarifas de 25% impostas pelos EUA sobre bens canadenses, incluindo aço, alumínio e veículos, com impacto previsto para maio de 2025. O Canadá retaliou com tarifas de cerca de C$60 bilhões sobre produtos americanos. Carney, ex-governador do Banco do Canadá e da Inglaterra, enfatizou a construção de uma economia forte e diversificada, buscando parcerias com Europa e Ásia para reduzir a dependência dos EUA.
Durante a campanha eleitoral, que culminou na vitória dos Liberais em 28 de abril de 2025, Carney usou a ameaça de Trump para unir os canadenses, prometendo proteger empregos e a soberania nacional. Em seu discurso de vitória, declarou: "Trump quer nos quebrar para que a América nos possua. Isso nunca acontecerá." Apesar de um diálogo "construtivo" com Trump em março, Carney insiste que qualquer negociação pós-eleição será pautada pela independência do Canadá.
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