Caso Amarildo: Identificados Policiais Militares Envolvidos na Tortura

Roberto Farias
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A investigação sobre o desaparecimento de Amarildo de Souza, ajudante de pedreiro levado por policiais para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio de Janeiro, avança com novas revelações. Após perícia, foram identificados quatro agentes que participaram diretamente da sessão de tortura que Amarildo sofreu ao lado do contêiner da UPP.

Segundo o Ministério Público, a identificação foi feita por meio de análise de vozes, apontando o envolvimento do tenente Luiz Medeiros, do sargento Reinaldo Gonçalves e dos soldados Anderson Maia e Douglas Roberto Vital. O ajudante de pedreiro desapareceu em 14 de julho, após ser conduzido para uma “averiguação” na base policial.

Além desses quatro militares, mais 15 policiais foram denunciados, totalizando 25 envolvidos. Entre eles, três tiveram a prisão preventiva decretada. O caso continua a ser investigado, com novos depoimentos reforçando acusações de que Amarildo foi submetido a tortura extrema, incluindo afogamento e choques elétricos.

A denúncia de policiais que decidiram colaborar com a investigação aponta ainda para uma tentativa de ocultação de provas. O local da tortura teria sido limpo e modificações feitas para dificultar o trabalho das autoridades.

A brutalidade do caso gerou ampla repercussão e indignação popular, levantando debates sobre violência policial e responsabilização dos envolvidos. A busca por justiça segue, enquanto familiares e defensores de direitos humanos pressionam por punições adequadas.

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