Uma investigação da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo agentes do Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc) de São Paulo. Policiais, que deveriam combater o tráfico de drogas, estavam extorquindo traficantes e negociando propinas para impedir prisões e apreensões.
Entre os principais envolvidos estava o investigador Alexandre Lages, que se fazia passar por empresário interessado na compra de drogas, atraindo criminosos internacionais para negociações no Brasil. Um dos casos mais impactantes envolveu o boliviano Heber Escalante, conhecido como "Senhor das Armas", que negociava grandes quantidades de cocaína. Segundo as investigações, Escalante teria sido liberado após o pagamento de propina, quando deveria ter sido detido.
Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal revelaram conversas entre policiais corruptos sobre distribuição de drogas e valores negociados. Em uma das operações, agentes abordaram traficantes em um shopping na capital paulista, mas apenas uma parte da droga foi registrada oficialmente. O restante teria sido repartido entre os criminosos e os próprios policiais.
O esquema envolveu altas quantidades de entorpecentes, chegando a centenas de quilos por operação. As prisões dos policiais suspeitos e a apreensão de drogas e dinheiro em espécie trouxeram à tona o nível de infiltração do crime dentro das forças de segurança. Enquanto a investigação avança, o caso reacende o debate sobre corrupção policial e a luta contra o narcotráfico no Brasil.
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