Raiva humana em São Luís: desafios e ações emergenciais

Roberto Farias
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Em julho deste ano, São Luís, capital do Maranhão, enfrentou um alerta preocupante com a morte de duas pessoas devido à raiva humana. O episódio trouxe à tona um dado alarmante: dos 70 casos registrados no Brasil em 2011, 55 ocorreram no Maranhão, sendo a maioria na capital. A alta concentração de cães e gatos abandonados nas ruas foi apontada como um dos principais fatores para a disseminação da doença.

A raiva, uma zoonose mortal, afeta tanto humanos quanto animais. Apesar da gravidade, as campanhas de vacinação e recolhimento de animais abandonados não vinham sendo realizadas regularmente até o registro das mortes. Em resposta, as autoridades sanitárias iniciaram uma campanha emergencial em agosto, com postos de vacinação espalhados pela cidade. No entanto, moradores das periferias e zonas rurais relataram dificuldades de acesso aos serviços, além da ausência de ações efetivas para recolher os animais de rua.

A estrutura limitada da cidade também foi criticada. Apesar de vacinar mais de 100 mil cães e gatos, apenas 1.142 animais foram apreendidos devido ao número reduzido de equipes e viaturas. Moradores como Alexandre, do bairro Tibiri, destacaram o medo de ataques de cães não vacinados, enquanto outros, como Lilian Nascimento, apontaram a distância dos postos de vacinação como um obstáculo.

O caso evidencia a necessidade de políticas públicas mais robustas e acessíveis para o controle da raiva, além de maior conscientização sobre a importância da vacinação e do manejo adequado de animais abandonados. A situação em São Luís serve como um alerta para outras cidades brasileiras enfrentarem o problema com maior eficácia.


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