Uma tragédia abalou a região de Himachal Pradesh, na Índia, no sábado, 12 de maio de 2012, quando um ônibus superlotado caiu em um despenhadeiro próximo à cidade de Chamba, a cerca de 620 km de Nova Délhi. O acidente resultou na morte de 51 pessoas e deixou 46 feridos, conforme informou Kuldeep Sharma, superintendente da polícia local.
O veículo, que transportava passageiros até no teto – uma prática comum, embora proibida na Índia –, perdeu o controle em uma curva, despencando de uma altura de 90 metros. Segundo Sharma, 39 vítimas morreram na hora, enquanto outras sucumbiram a caminho dos hospitais. “A operação de resgate está em andamento, e os feridos foram encaminhados ao hospital de Chamba”, afirmou.
A precariedade do transporte público em Chamba, uma cidade com serviços limitados, contribui para a superlotação de ônibus, forçando muitos a viajarem em condições perigosas. Testemunhas relatam que o motorista perdeu o controle ao fazer uma curva, um problema recorrente em estradas montanhosas como as de Himachal Pradesh, conhecidas por sua topografia desafiadora.
Um Problema Sistêmico
O acidente expõe a crise de segurança viária na Índia, que, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2011, lidera o ranking global de mortes nas estradas, com cerca de 125 mil vítimas anuais. Fatores como estradas mal conservadas, veículos sobrecarregados, falta de fiscalização e práticas arriscadas, como viajar no teto, agravam o cenário. Apesar de proibida, essa prática persiste em áreas rurais, onde a demanda por transporte excede a oferta.
A tragédia de Chamba não é um caso isolado, mas um alerta para a necessidade de investimentos em infraestrutura, fiscalização rigorosa e conscientização sobre segurança no trânsito. Enquanto as autoridades locais focam no resgate e atendimento às vítimas, a perda de dezenas de vidas reforça a urgência de medidas que previnam novos desastres.
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