As autoridades iranianas reafirmaram no último domingo que mantêm o plano de executar Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério e homicídio de seu marido. Inicialmente sentenciada à morte por apedrejamento, a Justiça do Irã agora considera o enforcamento como alternativa.
Sakineh foi condenada em 2006, mas sua execução foi suspensa no ano passado após forte pressão da comunidade internacional. Atualmente, ela cumpre pena de 10 anos por homicídio em uma prisão na província de Azerbaijão do Leste.
A confissão de Sakineh veio após 99 chibatadas, mas foi posteriormente retirada, sem impacto na decisão dos juízes que determinaram sua condenação. Segundo as leis islâmicas em vigor desde a Revolução de 1979, o adultério pode resultar na pena de apedrejamento, enquanto crimes como assassinato e tráfico de drogas podem levar ao enforcamento.
A situação gerou apelos por clemência, incluindo pedidos do Vaticano e uma oferta de asilo político feita pelo então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
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