Na quadra 506 Sul, um casal em situação de rua construiu uma moradia improvisada dentro de uma obra abandonada. O espaço, montado entre uma loja de motos e um salão de beleza, conta com cama, armários, objetos de higiene pessoal e até preservativos. A presença do casal tem gerado desconforto entre comerciantes e moradores da região, especialmente devido à falta de discrição em certos momentos.
De acordo com comerciantes locais, o casal, que aparenta ter cerca de 30 anos, costuma deixar o espaço antes das 8h da manhã e retorna ao longo do dia, mantendo uma rotina que se assemelha a uma residência fechada. Reclamações têm sido frequentes por parte de clientes e empresários, já que a situação afeta diretamente o fluxo comercial da área.
A vendedora Andreia Gonçalves relata um episódio impactante: "Foi chocante. Eles estavam tendo relações sexuais em plena luz do dia, na frente da loja. Mesmo pedindo mais respeito, continuaram. A mulher, inclusive, faz suas necessidades no local sem qualquer preocupação."
A cabeleireira Nilde Silva também destaca o problema do mau cheiro e do impacto no comércio: "Não é só a obra inacabada, mas o banheiro a céu aberto que criaram. Isso tudo afasta nossa clientela e ninguém toma providências por receio."
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) se manifestou afirmando que sua atuação se limita à abordagem e atendimento de pessoas em vulnerabilidade social, mas que a remoção desses indivíduos não está dentro de suas atribuições. Já a Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) esclarece que a desocupação da área depende de ações conjuntas com a Sedest. Segundo a Sudesa, durante essas operações são oferecidas alternativas como abrigos ou passagens para outros estados, mas muitas pessoas recusam ajuda, tornando a situação mais complexa.
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