Três anos após o auge da febre imobiliária no Brasil, o setor da construção civil continua em expansão no Distrito Federal. De janeiro a junho de 2011, foram lançados 4.493 empreendimentos, de acordo com a Ademi-DF. Embora a valorização dos imóveis não acompanhe mais as taxas expressivas dos primeiros anos de boom, as perspectivas de estagnação ainda parecem distantes. Dados do Sinduscon-DF apontam um aumento de 21,4% no valor das propriedades em comparação ao mesmo período de 2010, com projeções de um crescimento anual entre 15% e 20%.
Apesar do otimismo, dificuldades administrativas têm prejudicado o ritmo de aprovação de novos projetos. Regras do Detran-DF exigem que as administrações regionais avaliem o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) antes de conceder alvarás, medida que tem gerado controvérsias no setor. Além disso, a falta de organização das novas equipes governamentais tem atrasado significativamente a liberação de obras. Propostas que costumavam ser aprovadas em 90 dias agora levam de oito a dez meses.
Em áreas como Samambaia e Águas Claras, diversos projetos estão paralisados. A Ademi-DF alerta para as possíveis demissões na construção civil caso os atrasos persistam, enquanto empresas de arquitetura relatam uma redução drástica na elaboração de novos projetos. Embora a demanda por imóveis permaneça aquecida, a burocracia ameaça frear o crescimento do setor.
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