O governo da Itália anunciou que recorrerá à Corte de Justiça de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que determinou a soltura do ex-ativista italiano Cesare Battisti e negou sua extradição. Battisti deixou o presídio da Papuda, em Brasília, na madrugada desta quinta-feira.
A decisão do STF, tomada por 6 votos a 3, considerou que a negativa de extradição feita pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um ato soberano, não passível de revisão pelo tribunal. O governo italiano, que contestava essa decisão, expressou descontentamento. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi declarou seu desgosto, enquanto a ministra da Juventude, Giorgia Meloni, classificou a negativa como uma "humilhação" às vítimas do terrorismo.
Battisti estava preso no Brasil desde março de 2007, após pedido da Itália, onde foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios. O caso gerou intensos debates diplomáticos e jurídicos, envolvendo questões de soberania e direitos internacionais.
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