Na manhã de 24 de maio de 2011, o jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, condenado pelo assassinato de sua ex-namorada Sandra Gomide, foi preso em sua residência na Zona Sul de São Paulo. A detenção ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar um recurso para anular a sentença de 15 anos de prisão pelo crime cometido em 2000. Sem oferecer resistência, Pimenta Neves, que acompanhava as notícias sobre seu caso pela TV e internet, pediu para levar três livros consigo: obras de William Shakespeare, Vigiar e Punir de Michel Foucault e O Deus Selvagem de A. Alvarez.
O jornalista foi encaminhado a uma cela temporária no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, e deve ser transferido para uma unidade prisional, possivelmente em Tremembé, no interior de São Paulo. O caso, que chocou o Brasil, teve início quando Pimenta Neves, então com 63 anos, matou Sandra Gomide, de 32 anos, com dois tiros, motivado pelo fim do relacionamento amoroso. Ambos haviam trabalhado juntos no jornal O Estado de S. Paulo, onde ele era diretor de redação e ela, editora.
A condenação de Pimenta Neves, em 2006, foi marcada por uma longa batalha judicial, com o jornalista recorrendo em liberdade por quase 11 anos. A prisão em 2011 trouxe um desfecho aguardado por muitos, embora a possibilidade de progressão para o regime semiaberto, prevista na Lei de Execução Penal, tenha reacendido debates sobre justiça e impunidade. O caso permanece um marco na crônica criminal brasileira, expondo questões sobre violência de gênero e o funcionamento do sistema judicial.
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