Ousadia no Coração do Exército: O Assalto ao Bradesco no Quartel-General em Brasília

Roberto Farias
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Em 8 de maio de 2009, um crime audacioso chocou Brasília. Dois homens, elegantemente vestidos com ternos e gravatas, driblaram a rígida segurança do Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), e invadiram um posto do Bradesco localizado no subsolo do bloco H. Em menos de 15 minutos, renderam o gerente da agência e um general, amarrando ambos com fita adesiva, e fugiram com R$ 8 mil de um cofre. Curiosamente, passaram batido por outro cofre que guardava R$ 25 mil.
Os criminosos entraram sem levantar suspeitas, possivelmente com crachás falsos ou de visitantes, já que não passaram pela triagem completa da portaria. Após o assalto, o gerente conseguiu se soltar e acionou o alarme, que em 20 segundos bloqueou todas as entradas e saídas do quartel. Cerca de 5 mil pessoas, majoritariamente militares, foram revistadas, mas os ladrões escaparam como fantasmas. A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR), enfrentou dificuldades: a câmera do corredor estava em manutenção, e o banco não possuía câmeras próprias. Suspeita-se que os assaltantes contaram com informações privilegiadas, dado o conhecimento preciso da rotina do gerente.
O Quartel-General, um ícone projetado por Oscar Niemeyer, é um símbolo de segurança máxima. Por isso, o assalto não foi apenas um crime, mas uma afronta à estrutura militar. Até hoje, o caso permanece como um dos mais intrigantes da capital, misturando ousadia, planejamento e um desfecho envolto em mistério.

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