A Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), em Brasília, já eram pontos críticos para o tráfego no Distrito Federal, refletindo os desafios de mobilidade urbana em uma cidade planejada para o automóvel. Durante esse período, a EPTG, uma das principais vias que conectam Taguatinga, Ceilândia, Guará e outras regiões administrativas ao Plano Piloto, enfrentava congestionamentos frequentes, especialmente nos horários de pico. O trecho próximo ao SIA, conhecido por sua alta densidade de veículos e acessos complicados, como o balão do Trecho I, era palco de retenções diárias, agravadas por obras de infraestrutura e pela falta de alternativas eficientes de transporte público.
Embora não haja registros específicos de acidentes ou intervenções de grande porte na EPTG/SIA exatamente em março de 2009, dados da época indicam que a via já registrava incidentes significativos. Segundo o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), a EPTG teve cinco colisões fatais ao longo de 2009, um número preocupante para uma estrada em constante modernização. As condições do tráfego eram ainda mais desafiadoras devido à ausência de tecnologias amplamente disponíveis, como aplicativos de trânsito em tempo real, que só começaram a surgir no DF a partir de 2012. Motoristas dependiam de rádios locais e informações esparsas para planejar seus trajetos, o que aumentava a imprevisibilidade nas viagens.
A fiscalização do Detran-DF e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) era ativa na região, com blitze frequentes para coibir infrações como excesso de velocidade e embriaguez ao volante. Contudo, a sinalização precária em alguns trechos e a iluminação insuficiente em desvios, conforme apontado por autoridades da Companhia Energética de Brasília (CEB) na época, contribuíam para o risco de acidentes. Esse cenário reforçava a necessidade de investimentos em infraestrutura, como a construção de viadutos e a melhoria da sinalização, que só ganhariam força nos anos seguintes com projetos como o corredor BRT.
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