Extradição de Juan Carlos Ramírez Abadía

Roberto Farias
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Em 22 de agosto de 2008, o traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, conhecido como "Chupeta", foi extraditado para os Estados Unidos em uma operação coordenada. Ele deixou a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, às 3h da manhã, a bordo de um avião da Polícia Federal brasileira, rumo a Manaus, no Amazonas. Em seguida, foi entregue às autoridades norte-americanas e embarcou em uma aeronave dos EUA por volta das 9h, horário de Brasília, com destino a Nova York.
Ramírez Abadía, um dos líderes do Cartel do Norte do Vale, enfrentava acusações graves nos Estados Unidos, incluindo tráfico de drogas, homicídios e crimes relacionados à Lei RICO (Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act). Preso em 7 de agosto de 2007 em São Paulo, Brasil, numa área exclusiva de Aldeia da Serra, ele foi condenado no Brasil a 30 anos de prisão em abril de 2008 por lavagem de dinheiro e outros crimes. Contudo, o Supremo Tribunal Federal do Brasil aprovou sua extradição em 13 de março de 2008, com a condição de que não enfrentasse pena de morte, inexistente no sistema jurídico brasileiro.
A transferência de "Chupeta" marcou um capítulo importante na cooperação internacional contra o tráfico de drogas, refletindo esforços conjuntos entre Brasil, Colômbia e Estados Unidos para desmantelar redes criminosas. Nos EUA, ele acabou colaborando com as autoridades, entregando informações valiosas sobre o Cartel do Norte do Vale e outros grupos, como o Cartel de Sinaloa, em troca de uma pena reduzida de 25 anos, após se declarar culpado em 2010. O caso destaca a complexidade e a escala global do combate ao narcotráfico.

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